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quarta-feira, maio 21, 2014

O Américo e o seu "Porta-voz" em Coimbra



É sempre um gosto ver a Universidade de Coimbra a actualizar a sua componente formativa e a procurar a qualidade nas áreas mais fascinantes. Então o facto de ver a "minha" Faculdade receber um amigo, que é só a grande referência portuguesa e um dos grandes nomes europeus da poesia sonora, enche-me de grande orgulho. O Américo Rodrigues vai a Coimbra mostrar e falar sobre o seu último trabalho poético: "Porta-Voz".

A quem andar e estiver em Coimbra, aconselho que não perca. Criatividade ligada a muita qualidade!

"Américo Rodrigues apresentará ao vivo a obra «Porta-Voz» no próximo dia 23 de maio de 2014, pelas 21h30, na Casa das Caldeiras, em Coimbra. Esta apresentação é uma organização do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura (Programa Doutoral FCT) e integra igualmente a programação do ciclo «Paisagens Neurológicas» (TAGV, maio de 2014, org. de Isabel Maria Dos)."

sábado, janeiro 04, 2014

Américo Rodrigues em Coimbra


O Américo Rodrigues vai este Sábado (dia 4) na Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho, em Coimbra, para ler os seus poemas e, tenho a certeza, para falar um pouco sobre a sua poesia e escrita. A sessão começa às 17h30m e, sinceramente, não a podem perder!

sexta-feira, outubro 11, 2013

Coimbra: TEUC um pouco menos às escuras?

Gostei de ler esta pequena comunicação por parte dos responsáveis do TEUC. O diálogo ainda é um princípio norteador que deve ser cultivado como forma de chegar a respostas concretas e à resolução de problemas. Espero que se chegue a um bom final!

Ontem foi um espectáculo memorável. Foi arrepiante sentir o público connosco daquela forma. MUITO OBRIGADA!
O VITRAL começou com o ruído da palmas a ecoar no Teatro de Bolso às escuras. A plateia contava com a Exma. Vice-Reitora para a Cultura, Prof. Doutora Clara Almeida Santos e todos os organismos autónomos da associação académica da Universidade de Coimbra.
No final, às escuras ainda, o espaço abriu-se para a voz do GEFAC e do CITAC que com as suas lanternas comunicaram o apoio ao TEUC, bem como o desagrado com a situação vivida pelos organismos autónomos desta academia.
No final a Exma. Vice-Reitora comunicou-nos que estava aberta a uma conversa com os organismos. Juntos, no Teatro de Bolso, falámos quase até à uma da manhã. Foi um primeiro passo, que na verdade foi apenas mais uma conversa informal e não vinculativa, já que continuamos a não saber como será resolvida toda a precariedade das condições facultadas.
Hoje pelo fim da tarde recebi um telefonema por parte da vice-reitoria para as instalações, em que foi garantido que este assunto está a ser tido em consideração e que haverá de facto uma audiência com o Exmo. Vice-Reitor para as Instalações Prof. Doutor Vítor Murtinho, entidade a quem o Reitor delegou esta questão.
Aguardamos esta audiência, não baixamos os braços e o VITRAL continua em cena (às escuras) até domingo, por respeito ao nosso público que nos tem dado todo o apoio.

Rafaela Bidarra

sábado, outubro 05, 2013

Coimbra: TEUC às escuras?

Devido a um conjunto de factores que dariam origem a um ensaio sobre a integração coimbrã e suas variantes, nunca entrei ou visitei as instalações do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) com o propósito de integrar a sua equipa de actores. No entanto, a minha grande paixão artística quando entrei para a Universidade era mesmo o teatro. Estive até, só devido às exigências (data de realização de pré-requisitos) de então o não fiz, para ir para Évora onde poderia ter cumprido esse sonho de ser actor. Águas passadas... adiante! O TEUC é um dos grandes nomes culturais de Coimbra e um dos palcos iniciáticos de alguns dos grandes actores portugueses do meio teatral. Isto, por si só, não tem validade? Claro que tem! Por isso penso que é importante focar com atenção um comunicado revelado por este grupo teatral e tentar perceber o que se passa. 
O comunicado é este:

No dia 7 de Outubro o TEUC estreia a sua nova co-produção com o Projecto D - VITRAL.
Ironicamente esta estreia e a respectiva temporada vão realizar-se às escuras. A razão destas circunstâncias prende-se com os cortes que o TEUC tem vindo a sofrer nos apoios por parte da universidade de Coimbra e instituições a ela agregadas (AAC e SASUC). Primeiro cortaram o apoio financeiro, depois o apoio logístico, e finalmente a iluminação.
Não nos restando nenhuma outra hipótese, estreamos às escuras.

Percebemos bem as contingências a que todo o país está sujeito. Todavia, não nos conformamos com cortes cegos, não justificados e camuflados em redes de autorizações burocráticas. Assistimos a um estrangulamento que vai levar à extinção do Teatro Universitário.
Neste contexto é importante perceber que o TEUC é o grupo de teatro universitário mais antigo da Europa em actividade contínua, comemorando este ano o seu 75º aniversário, e pelo qual passaram inúmeras figuras do panorama cultural português. A actividade do TEUC e as suas propostas são reconhecidas por toda a parte mas nunca pela sua cidade. As instituições de Coimbra têm progressivamente deixado de apoiar as nossas actividades subsistindo apenas com o apoio anual da Fundação Calouste Gulbenkian.

Pensamos ser nosso dever dar conhecimento público desta situação e da nossa indignação.

Grata pela atenção,
Pela Direcção do TEUC,
Rafaela Bidarra

Perante este comunicado fiquei algo preocupado com o que se passa em Coimbra e com a falta de unidade académica que isto pode revelar. A sala do TEUC funciona nas instalações da Associação Académica de Coimbra (AAC) e, sendo um organismo autónomo, terá um contrato que lhe dará deveres e direitos de usufruto do espaço. A questão que eu coloco é esta: será que, não havendo dinheiros, a direcção da AAC ou a própria Reitoria não conseguem perceber a importância que este grupo carrega? É que não é só uma questão de história passada mas também uma questão de história futura.
Como não quero ser tão papista como me parece que estará a ser alguém em todo este processo, cabe-me apenas referir que irei acompanhar com redobrada atenção este caso. É que, no meu tempo de dirigente associativo em Coimbra, no Coral de Letras da Universidade de Coimbra (CLUC), estas questões eram resolvidas com um diálogo entre as partes e com o superior interesse das várias partes a ser salvaguardado. Mas talvez a importância da cultura e, especificamente, da cultura centrada nos estudantes esteja a agonizar por terras que são, na base, o centro onde nasceu muita da da cultura portuguesa. 

sábado, março 02, 2013

723 anos de História (nem sempre positiva, é certo!)


Parabéns atrasados, Alma Mater! Imagem (da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra) de marca de uma "casa" com muita e variada história. Ainda aqui há dias falava com alguns imigrantes sobre o peso que esta Universidade continua a carregar como agente de excelência do ensino superior na Europa e no resto do mundo. Diziam-me eles que o reconhecimento da História da Universidade de Coimbra faz com que se olhe para os portugueses como um povo culto e inteligente. O que eles não sabiam era da existência de mais de cinquenta entidades privadas que se dedicam ao ensino superior (o número que avancei foi, sei-o, muito baixo!) e que a maior parte dos governantes deste país saíram (alguns passaram por lá só para recolher um grau, lembrando-me eu das licenciaturas relâmpago que tanto alarido criaram) destas instituições.
Foi ontem, dia 1 de Março de 2013, que se celebrou o Septingentésimo Vigésimo Terceiro aniversário da Universidade de Coimbra. Convém aqui fazer uma chamada de atenção para algo que é pouco importante para os Relvas e Coelhos deste país, mas que é um facto: foi um Rei poeta que imaginou esta Universidade!
Continuo eu a dizer: só quando voltarmos a ter um Governo de humanistas é que este país da treta poderá reinventar-se!

quinta-feira, setembro 27, 2012

Coimbra, 8 de Setembro de 2012 (17 horas)




"Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraidíssimo percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
numa tarde no café, um livro."

(Manuel António Pina)


Farto de ir a Coimbra por motivos médicos. Eis como me encontrava até ao passado dia oito. Já há alguns anos que os motivos que me levavam a Coimbra seguiam um monocromatismo algo negativo e muito longe dos devaneios literários que sempre por ali persegui. Aqui há uns tempos deixei isso de parte e, com a minha vida metida no carro, lá fomos happy family em perseguição de um sonho comum. Sim que isto de ser uma família de professores a tentar sobreviver na Beira Serra é quase impossível (desde os trafulhas que nos vão pregando rasteiras até aos facciosos oportunistas que vão "mamando na vaca", passando pelos cortes cegos no futuro efectuados por demagógicos profetas da melhoria educacional) e carece de intervenção quase divina (sentindo-nos nós autênticos deuses!). Mas, passando, lá fomos nós apresentar a Coimbra o meu livro Refracções em três andamentos. E entrei de novo em casa. Sempre fui um fã incondicional da cidade que me passeou largamente pelas suas ruas e pelos seus recantos mais enegrecidos. E, sim, sempre sonhei que um dia teria o prazer de por ali me apresentar como poeta (não fosse eu um leitor ávido de Antero de Quental!). E esse dia chegou, felizmente! Regressei devagar ao seu sorriso como quem volta a casa! Regressei a uma casa onde passei por tudo aquilo que é possível imaginar. Foi ali que eu pululava quando alegrias, tristezas e dores imensas me atingiram. E ali sentia-me bem. Ali bebia as águas do meu rio, daquele rio que sempre me levou rápido até casa, até à Serra! E nada era difícil de enfrentar com um aliado fluvial ao meu lado, sempre ao meu lado. E aí, no fluir eterno de simbolismo, habitei um mundo tão meu que a cidade talvez fosse diferente para o resto dos homens e mulheres.
Dia 8 foi um encontro de sensações. Muito boas: a união com a amizade real e não falsa, como a que anos depois me rodeou. Boas: o lançamento de um sonho! Más: a memória dos dias simpáticos que se perderam em tantas e tantas voltas tristes.
Encontrei o Vítor Oliveira! Encontrei o João Rasteiro! Encontrei a Susana, o Hélder e a Leonor! Encontrei a Viviana e conheci a Carolina e o Ricardo! Encontrei a Paulita! Encontrei o professor Xavier Viegas e a Teresa! E conheci a Alice e a bela família da Joana! E tudo debaixo do mágico olhar na Nice e do Sérgio! E tanto mais, tanto mais. As emoções deste reencontro foram muitas e temo aqui esquecer-me de alguém.
Reencontrei-me com a minha manita, com a Joanita! E claro, conheci o Jorge!
E reencontrámo-nos com a música, com a vida e com a solidão, olhando para o livro e para os seus habitantes negros e, tantas vezes, desgovernados. O resto são palavras sábias e precisas, e uma análise que a cada dia se entranha mais nos ossos, deixando o corpo chorar.
E foi ali, no sítio onde estudei, me apaixonei, cantei, formei, vivi, convivi, chorei e tantas outras coisas, que deitei uma lágrima e embarguei a voz.
E mais não disse, porque tive medo!

sábado, dezembro 12, 2009

Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (3)


Esta foto foi retirada do blog da Minerva Coimbra, ver aqui, e ilustra o momento em que usei da palavra no lançamento do livro "Cercados Pelo Fogo: Parte 2" (mais sobre este assunto podem ver aqui 1 e aqui 2).
Neste momento, não com a minha total vontade, tive de me virar de costas para toda a mesa. Posso dizer-vos que pedi desculpas antecipadas por este facto, apesar de ter algumas razões para o fazer a um dos elementos que por ali se sentava e que também me as virou na situação que o livro em si relata.
Como não é desse senhor que guardo a amizade, não falemos mais nele. Quero apenas dizer que gostei de estar com o Professor e de partilhar com todos os presentes mais uma vitória da competência e da humanidade. Neste caso do Professor, pois é ele o mais destacado representante de uma maneira construtiva de estar no mundo do combate a incêndios. Ter-me honrado com um convite para participar activamente no lançamento deste seu livro, honra-me muito e faz com que eu ainda o admire mais.
Já tive oportunidade de ler alguns capítulos e de perceber mais um pouco de alguns acidentes que vitimaram os bombeiros e civis que são homenageados pelo livro. Destaco aqui o capítulo que fala sobre o Daniel Ribeiro, pois tenho o prazer de conhecer o seu irmão Pedro, da Sertã. Emociona-me o relato do Professor e sinto nele aquilo que o Pedro um dia me contou. Um abraço a este e um novo agradecimento àquele.
Nada mais por agora. Espero ter um dia destes paciência para analisar o prefácio do livro.


quarta-feira, dezembro 09, 2009

Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (2)



Como prometido, aqui fica o comentário pré-lançamento do livro do Professor Domingos Xavier Viegas.

Sou, infelizmente por experiência não aconselhada a outros, um conhecedor do trabalho académico e "livresco" deste conhecido investigador de assuntos relacionados com incêndios. O seu trabalho tem-me (lembrem-se que sou um profissional do mundo da literatura e da língua portuguesa) cativado para uma análise científica, logo consistente, de tudo o que está relacionado com um segundo "EU" - o Bombeiro. Desde que tive a infelicidade de conhecer pessoalmente o Professor (e o Professor e quem me conhece perceberão bem o que significa aquele sentimento, atrás citado), a minha vida tem sido pautada por uma defesa intransigente dos bombeiros e da necessidade de estes serem mais conscientes, mais educados, mais profissionais e mais atentos. Poderão dizer-me que posso exagerar nessa defesa ou que posso não olhar para as reais condicionantes de determinadas corporações nessa mesma defesa, mas o que me interessa acima de tudo é impedir ao máximo que o Professor Xavier Viegas tenha assunto para um próximo livro contendo a temática em que este assenta.
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O livro.
Ainda não conheço este livro ao nível do conteúdo total. Conheço, por especial cortesia do autor, o capítulo dedicado ao acidente de Famalicão da Serra. Chamo-lhe o capítulo do meu descontentamento e sei que o será de muitas outras pessoas. Não por estar mal escrito ou mal organizado, mas simplesmente por existir aquele capítulo. O livro é um relato imenso das experiências de investigação do Professor, mas não o é só. Para além do relato das experiências, é notória a existência de um sentimento que se assemelha a um "pathos" dramático. Qual será a origem deste sentimento? Talvez o facto de por vezes parecer pregar em terra de surdos e de cegos. Realço no seguimento da afirmação anterior o episódio, ainda no capítulo de Famalicão da Serra, que relata a tentativa de alguns intervenientes na análise do acidente tentarem desvirtuar a leitura que o Professor faz do desenlace e das possibilidades de sobrevivência dos infelizes que faleceram. É um episódo agónico e que tem um clímax, onde se vê a integridade do Professor e a sua coragem e clareza de espírito. Mais não digo sobre o livro.
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Amanhã.
Lá irei a Coimbra cumprir o dever de um amigo e de um admirador. Na homenagem que o Professor fará "aos que caíram" em todos os acidentes, será também feita uma homenagem ao homem que tem trabalhado e que é a face mais visível de um projecto que tem impedido que ainda mais possam cair.

sábado, dezembro 05, 2009

Cercados pelo Fogo: 2.ª parte (1)


Para já fica o aviso:

Cercados Pelo Fogo: 2.ª parte, do Professor Doutor Domingos Xavier Viegas, irá ser apresentado em Coimbra na próxima Quinta-feira (dia 10 de Dezembro de 2009), pelas 17 horas.
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A sessão de apresentação decorrerá no Auditório do Departamento de Engenharia Mecânica, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, e contará com a presença de alguns dos responsáveis máximos das entidades e instituições ligadas aos Bombeiros Portugueses. Mais informações aqui.
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Eu também estarei presente e usarei da palavra num breve (?) comentário à obra. Quanto ao meu comentário pré-lançamento, este ser-vos-á apresentado brevemente neste espaço de discussão.