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segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Contradizer_14 no dia 19, na Escola Secundária Afonso de Albuquerque



Calafrio, associação cultural baseada na Guarda, continua a promover o ciclo Contradizer, uma iniciativa cultural, artística e de cidadania.
A sessão 14 realiza-se no próximo dia 19 de fevereiro, pelas 21.30 horas e é dedicada a Vergílio Ferreira, assinalando os 100 anos do seu nascimento.
A actividade decorre, precisamente, na biblioteca escolar Vergílio Ferreira da Escola Secundária Afonso de Albuquerque. Do programa consta a apresentação da (auto) biografia de Vergílio Ferreira, por Eunice Lopes;  a leitura de excertos de "Carta ao futuro", "Escrever" e "Pensar", por António José Dias de Almeida, Daniel Rocha e Suzete Marques;música por Sara Mata (violino); e a leitura dos poemas de Vergílio Ferreira por Américo Rodrigues, acompanhado por Rogério Pires (guitarra) e Alexandre Costa (fotografias).

Vergílio Ferreira nasceu em Melo (Gouveia- Guarda). Frequentou o Liceu da Guarda durante dois anos.  O "liceu" é agora a Escola Secundária Afonso de Albuquerque, onde esta sessão do Contradizer se realiza.
Entrada livre.

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Guarda, 21 de Novembro

Está mais que provado que a Guarda só acolhe quem quer, quando quer e como quer. Mas já lá vamos!
No passado dia 21 de Novembro fui até à Guarda para corresponder a dois convites que me tinham sido feitos por amigos para falar sobre teatro, na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, e sobre cultura e prazeres, no Café Concerto do TMG. Pois bem, lá fui e fiquei satisfeito por comprovar aquilo que tenho vindo a comprovar há muito tempo.

(Foto de Inês Coimbra)
(Foto de Inês Coimbra)

(Foto de Inês Coimbra)
 
No Liceu a tarde foi muito interessante. O José Monteiro, o "Zé Monteiro" para mim, é um professor preocupado com os seus alunos e com a educação para a vida e para as leituras que eles possam ter. Assim sendo, lá vai convidando os seus alunos a conhecerem coisas novas e a interessarem-se pelo escritos da gente da cidade e da região, coisas nos dias de hoje tão difíceis de encontrar. E foi assim que a conversa que fui ter com aos seus alunos e com os alunos da professora Emília Costa (que foi minha professora no terceiro ciclo!) começou com uma tentativa de explicação daquilo que actualmente faço: escritor freelancer! A definição desta expressão? Escritor + freelancer = desempregado com estilo! Ou seja, o que faço actualmente é trabalhar com o improvável e com aquilo que me vão pedindo para escrever. Claro que não há muita gente que esteja interessada em ler, quanto mais pagar para algo ser escrito! E foram alguns risos sinceros que ouvi. Coisa a que começo a não estar acostumado. Passámos então pelas épocas mais interessantes (para esta turma) do teatro: Sófocles e o seu "Édipo"; Gil Vicente e toda a sua obra; Almeida Garrett e o seu "Frei Luís"; até chegar a Manuel Poppe, com o seu "Pedro I"; terminando depois na minha "A Casa da Memória" (razão maior para a minha presença ali). Claro que lhes expliquei como cheguei a "entrar na casa" e contei também um pouco do longo processo de recolha e de escrita e da gritaria interminável que foi a relação entre personagens que não gostam de estar sozinhas! E eles sorriram. Claro que lhes desvendei algumas das histórias incríveis que o Manigoto me contou e que as suas gentes respiram. E deu para mais: falámos de educação, de cultura e de Américo Rodrigues. E do seu último livro. E do seu afastamento do cargo de Director do TMG. E da irresponsabilidade (desinteresse seria a palavra mais exacta) dos políticos pelo futuro deles. Sim, não o disse, mas talvez fosse necessário dizer-lhes que não é na subjugação que reside a força das pessoas e o seu futuro! Um dia digo!

(Foto de Inês Coimbra)
E terminei com a resposta a algumas perguntas. Feitas por gente interessada (ou com atrevimento) em conhecer ou confirmar caminhos certos ou errados ou, simplesmente, caminhos! E saí com a satisfação de um momento que, espero, serviu para mostrar que um escritor ou autor não é mais do que um homem que não se importa de pensar de forma livre e aberta, procurando que as suas palavras sejam partilhadas e ouvidas. 

E houve uma pausa para um chá! A constipação estava, realmente, a ganhar terreno e era preciso impedir que o dia acabasse ali. Foi um chá partilhado a três. Com pessoas de quem gosto e que sabem que não sou mais do que isto: um homem que vive. Não vou dizer quem foram, mas só não digo porque não quero que algo de mal lhes aconteça! É que estavam tão perto de mim!   

O jantar foi caseiro! Casa da mãe, ali a dois passos. Pouca fome e muito mal-estar físico. Sintomas da febre que começava já a apoquentar. Enfim, a noite ia estar boa, pois, qualquer que fosse o número da plateia, ia estar entre amigos. Subir o vale e percorrer os lombos do Caldeirão até à cidade da Guarda foi um instante. Eis-me no Café Concerto!

Pouca gente! O Victor Afonso já lá estava com a malta do teatro que zela pela qualidade das actividades. E um ou outro conviva, talvez acidental. E chegaram amigos (gostei de ver especialmente o Américo, sei que os restantes amigos compreendem este meu destaque, que o são e até família! O Hugo. Sorri ao vê-lo entrar! Gostei muito! Como habitual, não vi gente que em tempos foi "amiga". Talvez fosse do frio, penso, forçadamente, eu. Responsáveis camarários também não vi, pois não devia aquela ser uma sessão que fosse agradável de seguir. Afinal só estaria o responsável máximo por uma das escolas superiores da cidade, onde um dos vereadores dá aulas! Hora de começar e... Afinal o professor Carlos Reis não estava! Perdera-se, ficcionei eu, num qualquer labirinto citadino onde os pavores nocturnos (ao bom estilo infantil!) são originados por gente "grande"! Voilá! O palco era meu! E do Victor! E de todos aqueles que comigo e com o Victor quisessem partilhar experiências. 

(Foto de Hugo Rocha)

E falámos de livros: desde José Gomes Ferreira a Gonçalo M. Tavares, passando por Manuel Poppe e por David Gilmour, indo até George Orwell e Ray Bradbury. E música: Queen, Sigur Rós, Arcade Fire, Purcell e o seu fantástico "Dido e Eneias" (que saudades daquela noite no Grande Auditório!). E filmes: Dead Poets Society, The Hours, Good Bye Lenin! e... Guarda: Sopro Vital (este último, não sendo um filme, é a gravação de um trabalho aturado que demorou cerca de 30 anos a cumprir-se e que pode agora ter terminado)! Outros prazeres: ainda nos filmes de animação, Kung Fu Panda! E por fim os mais importantes de todos: conversar com os amigos e aprender coisas novas todos os dias, e estar com a família e com ela ganhar asas e voar pela alegria de viver!

E a "cidade" não se interessou por vir ouvir, tal como já fez noutras ocasiões, aquilo que eu tenho para dizer. Dizem-me que estreou um filme popular português! Talvez a cidade por lá estivesse a cultivar-se. Enfim, resta-me continuar a falar mais e mais e a escrever ainda mais e mais! Quem sabe, um dia até podem ter o azar de tropeçar numa das minhas frases.

A vida de um dia! Cansado, constipado, com febre e com uma garganta completamente desnorteada, lá voltei, depois de mais um chá e de mais dois dedos de aprendizagem em contexto de conversa, rumo a casa, onde a noite já ganhara o desafio e o sono tinha conquistado o carácter estóico de uma família que espera por mim e me afaga com a sinceridade dos dias bons e dos dias maus.

quarta-feira, novembro 20, 2013

Amanhã, pela Guarda.

Amanhã vou até à Guarda! Até à Guarda que é culturalmente rica e que aceita a multiplicidade de opiniões. Talvez me cruze com pessoas, poucas ou muitas, e com muitas opiniões. Com toda a certeza encontrarei amizades e pessoas com as quais gosto de estar.
Primeiro hei-de ir até ao Liceu para, com o Zé e os seus alunos, conversar sobre Literatura, amanhã com uma especial atenção ao teatro. E com toda a certeza haverá tempo para falar do Teatro Municipal da Guarda e dos problemas que a "glória de mandar!" de um e que a "vã cobiça" de outro, que se apressará a surgir, trarão para o futuro deles. Mas, disso falaremos amanhã pela tarde!
Pela noite, há espaço para um Café a Meias onde, regados com um chá, irei falar sobre os prazeres que vou tendo ao longo dos tempos e com os quais consigo respirar melhor na negra sociedade que cada vez mais nos rodeia. Nesta mesa redonda, estarei com o professor Carlos Reis (do Instituto Politécnico da Guarda) e com o Victor Afonso. Estaria também o Américo Rodrigues, mas "(Malhas que o Império tece!)" agora já não sei quem estará. Claro está que haverá espaço para falar com todos os amigos que por lá andarão e, quem sabe, até com os visitantes improváveis. Amanhã veremos, mas aposto que conseguimos abrir a mesa para quem connosco quiser conversar!
Depois venho da Guarda para casa. E dormirei, certamente, bem mais sossegado.

sábado, novembro 10, 2012

Boas ideias: Biblioteca do Liceu e o Clube "Os Poetas Vivos"


Antigamente (no meu antigamente) era assim!


São ideias que valorizam não só o poeta escolhido mas também os alunos e os professores que se envolvem nessa actividade. Neste caso, deixem-me desde já agradecer! 
Está neste momento a decorrer na Guarda (e até ao final do mês de Novembro) no Centro de Recursos - Biblioteca Escolar da Escola Secundária Afonso de Albuquerque (ESAAG), uma "mostra" dedicada a este vosso amigo. A iniciativa intitula-se Clube "Os Poetas Vivos".
Na Biblioteca poderão encontrar o livro e os cadernos que já publiquei, algumas das minhas preferências de leitura (neste caso adequadas aos níveis de ensino leccionados na ESAAG) e, se não estou em erro, alguns trechos das crónicas que fui publicando em versão radiofónica na Rádio Altitude (para o ano sairá um volume, com todas as crónicas publicadas na Rádio - terá também um CD com algumas das crónicas que marcaram os dias e os ouvidos das gentes guardenses - e no Portal Bombeiros.pt, assim como uma colaboração com o "Expressão" - o jornal escolar da ESAAG). Por acaso, gostaria que o lançamento do meu livro de crónicas fosse feito neste local, mas isso será outra história.
Eu passarei por lá em breve, para me sentir orgulhoso de uma escola que cuida da sua própria memória e que vai enriquecendo o património educativo da Guarda a cada ano que passa.
Bem-hajam!